*por Ana Paula Garrido
Ainda estamos vivendo dias de incerteza com o Convid-19. Não sabemos quando tudo isso passará e nem como será o mundo daqui para frente quando voltarmos à vida normal. Além de novos aprendizados sobre como viveremos antes do mundo inteiro ficar imunizado, muitos questionam quando e como voltaremos a viajar.
Ainda não temos uma resposta, mas sabemos que esse dia chegará. A questão é como viajaremos depois da Pandemia. Pesquisas mostram que as pessoas mantêm a esperança de viajar e acreditam que poderão começar a fazer isso com mais segurança daqui a seis meses. A primeira motivação segundo pesquisas, será a vontade de encontrar pessoas da família e amigos que ficaram privados de encontros durante a quarentena.
A maioria das pessoas pesquisadas, planeja fazer viagens domésticas assim que elas estiverem liberadas, mas não muito longe de casa e nem por muitos dias. Já as viagens internacionais ficarão em segundo plano, provavelmente muitos meses depois das viagens domésticas, quando os viajantes tiverem mais informações, muita segurança e principalmente quando todos tiverem acesso às vacinas. Caso a vacina contra o Convid-19 demore a chegar, provavelmente os destinos escolhidos serão os países que pouco ou nada sofreram com a Pandemia, isso, se esses países deixarem as suas fronteiras abertas, já que eles também poderão limitar a entrada de estrangeiros vindo de países que foram mais afetados pelo vírus.
Alguns estudos indicam que mudanças imediatas podem ocorrer. Dentre tantos meios de transporte, os cruzeiros certamente serão os que mais demorarão para se recuperar, já que ninguém quer correr o risco de ficar preso em quarentena num navio, caso haja uma nova contaminação pelo vírus durante uma viagem. O turismo de luxo certamente é o que mais se beneficiará. Para viajantes que não têm problemas com gastos e podem ter experiências ainda mais exclusivas, não faltarão ofertas de lugares isolados e com serviços personalizados.
O distanciamento social será o grande desafio. Mudanças serão feitas no check in, na segurança e principalmente no embarque. Será que bloquear os assentos do meio, poderá ser uma das primeiras soluções adotadas pelas companhias aéreas para atrair os passageiros? Nos aviões, revistas de bordo e cardápios deverão ser abolidos. Mais tempo para a limpeza da aeronave será preciso. A tripulação evitará maiores contatos e a máscara fará parte dos uniformes. Medir temperatura em portos e aeroportos antes do embarque de passageiros provavelmente também será uma norma daqui para frente. Estudam também testar passageiros antes do embarque. Depois da vacina, provavelmente teremos que apresentar a carteira de vacinação junto com a identidade ou passaporte. Máscaras, álcool gel e desinfetantes devem fazer parte do kit essencial de viagens.
Até a chegada de uma possível vacina, o segmento de turismo terá que convencer cada viajante que será possível viajar com segurança, com aviões, navios, trens, hotéis e restaurantes seguindo normas ainda mais rigorosas de higiene. Destinos populares e grandes cidades, devem receber menos visitantes que buscarão destinos menos conhecidos e com menos aglomeração. Cidades que sofriam com o overtourism deverão rapidamente repensar como irão limitar o número de turistas, na mesma medida em que os viajantes inicialmente deverão evitar os destinos mais procurados.
Provavelmente várias companhias aéreas e hotéis farão grandes promoções tentando atrair os viajantes. Agentes de viagens e seguro de viagem deverão ser cada vez mais procurados e as viagens serão ainda mais planejadas.
Enquanto esse dia não acontece, mais do que nunca os passeios virtuais por museus e destinos estão sendo oferecidos, para que os que amam viajar não deixem de planejar, mesmo dentro de suas casas, as viagens de sonhos.